O neurocirugião Ivan Hattanda é reconhecido por suas habilidades cirúrgicas, empatia e humanidade no atendimento aos pacientes em Londrina
A trajetória do neurocirurgião Dr. Ivan Hattanda na medicina começou quando ele ainda era adolescente em Campo Mourão (PR). Reconhecido por suas habilidades cirúrgicas, empatia e humanidade no atendimento aos pacientes que o procuram na clínica, em Londrina, ele foi motivado a escolher a profissão pelo interesse em ciências e pelo apreço por desafios.
“Eu gostava de biologia e queria entender como funciona o corpo humano, mas me motivei também pela possibilidade de enfrentar o vestibular mais concorrido da universidade”, conta Dr. Ivan, que se mudou para a casa da avó em Maringá para fazer cursinho. Aprovado para medicina na UEM (Universidade Estadual de Maringá), ele se formou em 2008.
LEIA MAIS Entenda o que é ‘traumatismo cranioencefálico’ Primeiro médico da família, na época do internato já tinha vontade de seguir o caminho da neurocirurgia. O destino, porém, o levou a se tornar médico do Exército Brasileiro em Roraima, onde integrou o 6º Batalhão de Construção da capital Boa Vista.
“Eu tinha receio de ser convocado de surpresa para o Exército após a formatura, por isso decidi me voluntariar para que isso não acontecesse. Hoje, avalio que foi uma decisão muito acertada, pois aprendi e cresci muito durante a experiência, tanto profissional quanto pessoalmente”, conta ele, que se mudou para Boa Vista com a então noiva, hoje sua esposa.
Experiências marcantes de Ivan Hattanda como médico do Exército
Uma habilidade que caracteriza bons médicos é a capacidade de lidar com situações inesperadas e tomar boas decisões pela saúde dos pacientes. Em Boa Vista, onde Dr. Ivan também atendia em um hospital geral, ele passou por um grande aprendizado ao lidar com casos graves em um contexto de pouca estrutura e dificuldade para realizar exames e tratamentos. “Aprendi a usar o raciocínio médico para encontrar soluções eficazes diante da falta de recursos”, conta.
Outra experiência marcante foi o tempo que passou em um destacamento do Exército na Amazônia. Além do atendimento a muitas situações inusitadas, no meio da floresta ele aprendeu a valorizar a humildade e as possibilidades de aprendizado em situações adversas. “Uma vez, estava em dúvida sobre o resultado de um exame e tive uma verdadeira aula sobre malária com uma pesquisadora especialista na doença, que morava na floresta há anos, em um local simples no meio do mato. Nunca imaginei encontrar tanto conhecimento em um local tão diferente”, recorda.
A última experiência no Norte do País foi no Programa Saúde da Família (PSF), quando teve a oportunidade de conhecer de perto a realidade dos pacientes que viviam em situação de vulnerabilidade. “Com meu conhecimento e a capacidade de buscar soluções em um contexto de poucos recursos, consegui levar mais saúde àquelas pessoas. Foi com essa experiência que aprimorei a capacidade de escuta, uma habilidade tão fundamental para um atendimento mais humano em medicina”, destaca.
Residência em neurocirurgia
Depois da experiência em Boa Vista, Dr. Ivan e a esposa mudaram-se para São José do Rio Preto com a intenção de ficar mais perto da família. Ele se engajou no PSF e em Pronto Socorro conciliando o seu tempo livre com a família e as horas de estudos de preparação para a prova da residência.
Ao ser aprovado na residência de neurocirurgia em São José do Rio Preto, no Hospital Austa / Hospital de Base, o médico tomou mais uma decisão acertada: abriu mão de fazer plantões em hospitais para ter mais tempo com a família. Como resultado, por cinco anos conseguiu dedicar-se exclusivamente à residência até finalizar a formação.
Já conhecido entre os neurocirurgiões de Rio Preto pela dedicação ao seu trabalho e aos estudos, Dr. Ivan saiu da residência “pronto” para atuar em neurocirurgia e chegou a ser convidado para integrar um grande serviço na cidade. Declinou, entretanto, pois buscava exercer a medicina de um jeito diferente, com mais atenção e dedicação a cada paciente.
“Aprendi no PSF a ter uma visão mais holística. A medicina que eu gosto de praticar busca acompanhar a jornada de cada pessoa do início ao fim. Também aprendi que não gosto de correr, por isso, optei por não atender em equipes onde a correria pudesse atrapalhar o meu desenvolvimento”, justifica.
Dr. Ivan e a família voltaram para Maringá ao fim da residência, sempre em busca da oportunidade de trabalhar com calma e humanização. Depois de um tempo se revezando em atendimentos em Maringá e Sorriso (MT), em 2020 ele foi convidado, em Londrina, a integrar uma equipe de neurocirurgia da cidade.
Embora considere a experiência importante em sua carreira, a rotina da correria voltou a incomodar o Dr. Ivan. “E foi assim que decidi atender em meu próprio consultório, para fazer do jeito que acho mais adequado”, conta.
Ele revela que o maior valor de sua atuação profissional é o comprometimento com a saúde do paciente, algo que só consegue realizar ao conhecer a história de vida e criar conexão com as pessoas que estão precisando de cuidados médicos. “Lido diariamente com doenças graves e não vejo outro caminho a não ser dedicar mais tempo a entender meus pacientes e o que está por trás dos diagnósticos. É com sensibilidade que consigo levar esperança e mais qualidade de vida a quem me procura”, define.