Tumor cerebral ocorre devido ao crescimento anormal das células cerebrais ou de estruturas ao redor do cérebro, como meninges ou nervos cranianos, e pode ser classificado como benigno ou maligno
Neste artigo, vamos desmistificar alguns mitos sobre a doença, que provoca medo e dúvidas na população.
Todo tumor cerebral é câncer?
Mito. Nem todos os tumores cerebrais são cânceres. Os tumores podem ser classificados basicamente como benignos ou malignos. Tumores benignos são menos agressivos, têm crescimento mais lento e, geralmente, não invadem tecidos próximos. Já os malignos, que são um tipo de câncer, podem ser mais invasivos e tendem a crescer rapidamente, afetando outras áreas do cérebro e do corpo.
Todo tumor cerebral tem os mesmos sintomas?
Mito. Os sintomas variam amplamente, dependendo da localização do tumor, tamanho e de sua taxa de crescimento. Tumores em áreas específicas do cérebro podem afetar diferentes funções, como controle motor (força e coordenação), sensibilidade, equilíbrio, fala, visão, audição ou memória. Tem tumor que é pequeno o suficiente para não dar nenhum desses sinais e sintomas. Esses acabam sendo descobertos por exames da cabeça durante investigação de outras doenças.
Tumor cerebral sempre causa dores de cabeça insuportáveis?
Mito. Embora a dor de cabeça possa ser um sintoma de tumor cerebral, ela nem sempre é intensa ou persistente. Os sintomas variam de acordo com o tamanho, localização e tipo do tumor. Em alguns casos, as dores de cabeça podem ser leves ou até mesmo ausentes. Outros sintomas, como alterações na visão, dificuldade para falar, problemas de equilíbrio ou convulsões, podem aparecer antes da dor de cabeça. Uma dor de cabeça que está ficando mais frequente e mais forte tem que ser investigada.
Tumores cerebrais são raros?
Verdade. Eles representam aproximadamente 1,4% de todos os novos casos de câncer e cerca de 2,3% das mortes por câncer. Apesar de não serem as neoplasias mais comuns, é importante estar atento aos sintomas, pois a detecção precoce pode melhorar significativamente o prognóstico.
Tratamentos para tumor cerebral são sempre invasivos?
Mito. Os tratamentos variam de acordo com o tipo, tamanho, número de lesões, localização, estágio do tumor e condições clínicas do paciente. Embora a cirurgia seja uma opção comum para a remoção de tumores, outros tratamentos como radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo podem ser utilizados isoladamente ou combinados. Há, também, técnicas menos invasivas, como a radiocirurgia (um tipo de radioterapia), que usa radiação para destruir células tumorais sem a necessidade de um corte.
Se o tumor é benigno, não preciso me preocupar?
Mito. Mesmo tumores benignos podem ser preocupantes, especialmente se estiverem localizados em áreas sensíveis do cérebro. Eles podem causar compressão de estruturas cerebrais importantes, resultando em sintomas graves. Em alguns casos, podem se transformar em malignos com o tempo. Portanto, o acompanhamento médico é sempre fundamental.
A biópsia é sempre necessária para o diagnóstico?
Mito. Embora a biópsia seja o método definitivo para diagnosticar o tipo de tumor cerebral, nem sempre é possível ou necessário realizá-la. Em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada, fornecem informações suficientes para orientar o tratamento. No entanto, a biópsia pode ser indicada para determinar o grau de malignidade e a melhor abordagem terapêutica.
Descobri um tumor cerebral, vou morrer?
Mito. O diagnóstico de um tumor cerebral não é uma sentença de morte. O prognóstico depende de vários fatores, como o tipo de tumor, localização, idade do paciente e saúde geral. Com os avanços nas técnicas de tratamento, muitos pacientes conseguem viver por anos com boa qualidade de vida. A detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar as chances de recuperação.
Conclusão
Ao notar sintomas incomuns ou persistentes, procure um especialista, pois o acompanhamento médico precoce pode fazer uma grande diferença no prognóstico de um tumor cerebral. A informação correta é uma aliada poderosa na luta contra este tipo de doença.
LEIA MAIS
Acidente do presidente Lula: o que é traumatismo cranioencefálico